As exportações tiveram um contributo bastante significativo no bom momento que a economia nacional está a atravessar com um crescimento 2,5% no primeiro trimestre, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE).
Note-se que no mesmo período, o consumo privado desacelerou, o investimento diminuiu e a procura interna registou um contributo nulo para a variação homóloga do PIB no primeiro trimestre do ano, especifica o gabinete de estatística.
Com este crescimento, que contou com o impulso das exportações, em relação aos três meses anteriores, o PIB avançou 1,6%, valor bem acima dos 0,3% registados no último trimestre de 2022, e o mais expressivo desde os primeiros três meses do ano passado. O INE aponta que as exportações de bens e serviços aceleraram, enquanto as importações abrandaram.
Quanto ao investimento diminuiu 6,1% em termos homólogos nos primeiros três meses deste ano, após um aumento de 1% no quarto trimestre de 2022.
As exportações de bens e serviços aceleraram em volume (ou seja, em termos reais), com uma subida de 10,9% em termos homólogos no primeiro trimestre deste ano. Valor que compara com 7,7% no trimestre anterior. Esta aceleração contou com o contributo tanto dos bens como dos serviços, avança o semanário Expresso ao analisar os dados divulgados pelo INE.
As exportações de bens cresceram 6,3% em termos homólogos no primeiro trimestre deste ano, mais 2,1 p.p. do que no trimestre anterior. E as exportações de serviços passaram de uma variação de 15,1% no quarto trimestre de 2022, para 20,4% nos primeiros três meses deste ano, com o INE a destacar “o contributo significativo da componente do turismo para a referida aceleração”.
Ao mesmo tempo, as importações de bens e serviços abrandaram, passando de um crescimento de 5,4% no quarto trimestre de 2022, para 4,9% nos primeiros três meses deste ano.
Ainda segundo o Expresso, olhando agora para o crescimento da economia portuguesa em cadeia no primeiro trimestre deste ano (1,6%), o INE frisa que foi “determinado pelo contributo da procura externa líquida”. Já o contributo da procura interna foi negativo (-0,8 p.p.).