O Instituto Empresarial do Tâmega (IET), através do projeto EMERN-Q, promoveu uma sessão formativa subordinado ao tema: “Como Gerir um Micronegócio?”, com transmissão online através redes sociais.
Esta sessão contou com as intervenções de Hugo Magalhães, da empresa Casa DaVilla, e do consultor financeiro Hélder Barbosa, da empresa Espaço Visual.
Na sessão o empreendedor Hugo Magalhães contou, na primeira pessoa, toda a história que nos últimos anos permitiu à Casa DaVilla, uma micro-empresa local especializada na comercialização e distribuição de vinhos, passar de uma falência iminente para uma empresa em constante crescimento anual, mesmo durante este período de pandemia.
Numa intervenção muito fluida e inspiradora, Hugo Magalhães, que também é vice-presidente da Associação Empresarial de Vila Meã, acentuou a resiliência que um empreendedor deve ter.
“O que faz uma empresa crescer e nos momentos de crise sobreviver, é a capacidade de resiliência de quem trabalha connosco e aqui a cultura de uma empresa é fundamental. Quando falo de cultura é as pessoas saberem que somos consistentes, que não vamos falhar com elas, vamos ser transparentes, independentemente das circunstâncias ou dificuldades com que possamos ser confrontados, pois isso faz com que as pessoas estejam dispostas a dar aquele bocadinho a mais”, comentou.
E explorando aqueles que foram os principais desafios pessoais na reabilitação de uma empresa tradicional, atualmente transformada em Casa DaVilla, prosseguiu: “Olhando para estes 12 anos na gestão de um micronegócio, que quando aqui cheguei, em 2009, era um negócio que estava praticamente falido, com apenas um funcionário, sem grande conhecimento, num contexto negativo, mas com trabalho consistente, com visão, uma liderança que ajuda a aumentar a liberdade de todos os envolvidos, adotando uma cultura de exigência com todos, sem deixar de atender ao aumento qualidade de vida e negócio, considerando as estratégias que entretanto desenvolvemos, permitiu-nos, apesar desta inesperada crise provocada pelo Covid num mercado muito importante para nós como o turismo, conseguir crescer”.
Para Hugo Magalhães ter uma visão clara do que pretendemos para a empresa é essencial para a expansão do negócio.
“Qual é a nossa visão, porque é que nos estamos a colocar nesta posição de querer ser empreendedor, quais são as ideias que vamos implementar e defender no negócio. A energia da visão, de algo que vemos e queremos cumprir, esse movimento contínuo que temos de definir e estruturar, assentes na energia e motivação da visão que
idealizamos e se constitui determinante para superar os obstáculos, desafios de qualquer empresa que desejamos possa vingar e afirmar-se no mercado”, considerou.
“Este trabalho de consistência ao longo do tempo, seja qual for o negócio, pode com certeza, ajudar-vos a crescer de forma constante e saudável”, concluiu Hugo Magalhães.
O administrador da Casa DaVilla e vice-presidente da Associação Empresarial de Vila Meã participou ainda, na mesma semana, num Bootcamp com alunos da Escola Secundária de Amarante, no âmbito da iniciativa Jovens Empreendedores, dinamizada pela Associação Empresarial de Amarante.
